terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estranha

Todos os dias pela manhã eu penso: vou caminhar
Todos os dias no almoço com o Gab eu brinco: o G. vai me querer
Todos os dias a tarde eu digo pra moça do bombom: não quero, obrigada.
E todos os dias a noite eu sonho: com meu corpo magro, uma praia deserta e vc do meu lado.
***
As vezes não sei o que fazer... Me dá uma preguiça de viver e a única coisa que desejo é dormir, dormir e dormir. Pra acordar e voltar a tentar.
Tenho uma sensação que, realmente, eu não sou uma pessoa normal. Não aquela bobeira de: ah, eu sou louca. É uma coisa esquisita, sem fundamento.
Minha analista, que não faz muitos comentários, disse depois de quase 1 ano de análise: vc tem uma auto-estima demasiadamente baixa.
O que me intriga é, o pq?

Tive a sorte de ter acesso a oportunidades que a maioria das pessoas no mundo não teve.
Tenho a sorte de ter uma mãe e família que me ama e que, cada um ao seu modo, me apóiam.
Tenho saúde pra correr atrás dos meus sonhos
E fé pra saber que um dia irei alcançá-los.

Hoje vejo a existência dessas grandezas que cercam minha vida.
Será que o fato de eu ter vivenciado por tudo isso ao contrário, o fato de eu não ter tido oportunidades, de não ter família que me apoiasse, de não ter tido saúde e nem fé, me fez, pra sempre, uma pessoa assim, tipo, estranha?




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