quinta-feira, 18 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ferida que dói e se sente....

Quase um ano e meio atrás escrevi o último post. Relendo percebo que nada efetivamente mudou.
Além do meu pai, outras pessoas morreram em vida. A tal família que sempre colocava em primeiro lugar no meus textos, hoje se resume ao meu marido. Não que isso seja pouco, porquê ele é muito. Ele é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida. Digno de todas as qualidades que uma pessoa pode ter. Não estou endeusando-o, afinal, não sou uma boba apaixonada. Ele tem váááários defeitos, mas o impossível aconteceu: eu o amo no pacote completo.
Pra mim isso parecia impossível, afinal, nunca convivi com o amor que supera  o lado negro da força de uma pessoa.
Para a minha família não basta o amor. Na verdade a minha família nunca soube tão pouco praticou o amor.
Não tenho dúvidas que a minha fragilidade emocional tem fundo familiar. É muito louco ver que quando me tornei adulta e pude observar outras famílias, cheguei a conclusão que a minha é doentia.
Ter um pai definitivamente louco e uma mãe definitivamente desinteressada, egoísta e muito, mas muito omissa não poderia resultar em boa coisa.
Óbvio que tenho a plena consciência de que não sou a pessoa mais dócil do mundo. Acho, por exemplo, a Poliana do livro a maior idiota do planeta literário!
Mas a falta de respeito, consideração e amor da minha família não me permitiria ter outra postura. Porque ter outra postura seria trair eu mesma. E na verdade verdadeira, eu só aprendi a contar comigo mesma.
Por algum pouquíssimo tempo, pensei que eu já tinha provado para eles que eu era uma pessoa digna de respeito. As profecias que passavam do casar com traficante à não ser bosta nenhuma na vida, além de vagabunda que não faz nada o dia inteiro e claro o mau caratismo, em tese, teriam sido superadas.
Minha irmã escreveu dizendo que ia deveria esquecer o passado. Impossível eu passar uma borracha no que eu vivi, pq seria como eu esquecer de mim mesma. Eu vivi aquilo e o que eu vivi resultou no que eu sou.
Hoje vivo uma briga entre fazer o que me deixa feliz e fazer aquilo que me deixa triste. E parece tão óbvio que a atitude tomada deveria ser a positiva... Mas eu não sei o que acontece que eu sempre acabo me fazendo mal.
Parece que não basta todo o mal que minha família já fez. Ou o mal que eu tive que viver para aprender algo. Eu tenho que me sabotar pra ficar mais triste ainda. Eu tenho que me sacanear para o pacote ficar completo. E eu não entendo o motivo disso.
Meu marido fala que eu não preciso saber o motivo, pois ficar procurando o motivo é uma forma de não tomar as atitudes positivas.
Na terapia que voltei a fazer há um mês, o que rola nas conversas é a auto-sabotagem pq eu não me sinto (inconscientemente) digna de me dar bem, de ser feliz.
Não duvido dessa tese. Foram muitos e muitos anos de críticas nunca construtivas, de desrespeito com meus sentimentos, de desesperança e desamor.
Reconstruir uma imagem de si mesma é tarefa dolorida. E dói quase que como um corte que não cicatriza nunca.
Sei que o grande aprendizado do que vivi nesse último ano é o que não fazer com a família que eu estou construindo com meu marido.
Acho que escrever me faz bem, rs...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Amigo

Quando eu amo alguém como a mim mesmo, entendo que ele é outra pessoa e não fico tentando modelá-lo conforme a minha vontade. Percebo que ele soma na minha vida justamente porque é diferente, sendo assim, fazê-lo parecido comigo é perder tudo o que as diferenças acrescentariam na vida um do outro.
Se eu amo a um amigo como me amo, entendo que ele é uma pessoa e não um super-herói. Não exijo perfei...ção porque ele é tão humano quanto eu, acolhendo assim suas limitações e fraquezas da mesma forma que acolho seus dons e qualidades. Aprendo com seus erros e posso contar com ele para me levantar quando os meus erros também me fizerem cair. Por conhecer minhas misérias e do que elas são capazes de fazer na minha vida, não espero dele perfeição, por isso não deixo a decepção habitar em meu coração.
Se eu estabeleço uma amizade desta forma, entendo que meu amigo é uma pessoa e não uma propriedade particular, um território reservado unicamente para ocultar minhas inseguranças e saciar minhas carências. A felicidade dele é a minha felicidade, por essa razão eu o deixo livre para ser amado por outros. Por amá-lo e reconhecê-lo como alguém muito especial, quero que também os outros conheçam os tesouros do seu coração. Isso não me leva ao sentimento de ter sido colocado de lado ou ameaçado, pois já experimentei o quanto aquele amigo me ama. Sei que sou único em sua vida e por isso não preciso de exclusividade, pelo contrário, permito que o amor cresça, transborde e atinja a muitos outros.
A experiência do amor puro é a da renúncia, do desapego, da oblação, do sacrifício. É amar para dar a vida a todo instante e não somente em momentos extremos. É dar a vida no silêncio, na oração e nas ações que não esperam nada em troca. Somente quem ama nas pequenas renúncias de uma amizade é capaz de amar com entrega total de vida.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dor

Mas um dia na minha vida. A única atitude boa de hoje foi ir pegar prozac no posto de saúde. sinto que estou depressiva, com aquele pensamento obsessivo: eu sou uma bosta.
Cheguei em casa e tomei 1 somalium. Agora escuto Adele, someone like you. Meu amado acaba de me mandar um sms com os dizeres: resolvi o problema amor. Te amo.
Não aguentei o nó que deu na minha garganta pensar que ele saiu de Jacareí, sem CNH, cansado, pensando que eu estou no cursinho, fui e tomei mais um somalium, quando abri a porta do armario e vi que ele levou embora as caixas de chocolates argentinos.
O problema sou eu. Fiz ele se sentir culpado, enquanto na real, eu sou a única culpada dessa merda de vida que eu tenho. O problema não é e ter um namorado lindo que me escuta chorar que eu to gorda enquanto ele trabalha como um louco. O problema é eu comer como eu comi hoje. Mesmo chorando. Eu comia e chorava. Dor no estomago e nojo de mim. É isso que eu sinto agora. O problema é eu desistir de mim, escutar a mesma musica 10 vezes enquanto escrevo esse texto, e não acordar amanhã mais cedo para caminhar.  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

R.A.


Fiz 26 anos há 04 dias. Sou uma pessoa razoavelmente legal, inteligente, do bem. Tenho uma família boa, um namorado que eu amo e que eu sinto que me ama de volta. Tenho poucos e bons amigos. Tenho milhões de planos e um grande defeito: colocá-los em prática.
Sou atualmente obesa e não consigo me controlar perante a comida.
Tenho momentos de grande tristeza.
Problemas emocionais que ofuscam meu brilho, que eu sei possuir, me deixam assim.
Extremamente preguiçosa. É como me vejo hoje. Olho pra trás e vejo o quão guerreira era. Coisas que eu vivi que me deixam orgulhosa por um lado, me fazem ver que hoje eu não me esforço nem 10% do que sei que sou capaz. E isso faz eu me sentir um lixo. Um grande lixo não reciclável.
Minha historia com o peso é igual a tantas outras que eu leio nos blogs de emagrecimento há tantos anos: criança gordinha, adolescente sanfona e hoje jovem gorda e extremamente consciente que o único caminho é a reeducação alimentar.
Hoje matei aula na faculdade, matei estágio. Estou à horas lendo blogs de emagrecimento e tudo que leio eu já sei. Nenhuma novidade. Exercícios físicos, controle, atitudes saudáveis.
Há tempos que na terapia que faço uma vez por semana, cheguei a conclusão que eu tenho que por em prática as coisas. Só isso falta em mim. Sei toda a teoria. Sei como fazer chegar lá. Preciso resgatar a menina que entrou na faculdade comendo no um real e andando a pé km e mais kms pra estudar sozinha na biblioteca municipal.
Atitudes como: levantar da cama agora, tomar água, arrumar o quarto, comer uma fruta, andar uma hora, me alimentar de forma saudável, ir pra aula e me alimentar de forma saudável antes de dormir, não fumar e não brigar sem necessidade com a minha mãe – ufa! - são atitudes que só dependem de mim. E é nisso que esse blog vai me servir. Registrar como uma agenda, as coisas que eu preciso fazer ao invés de só planejar.
Beijos pra quem um dia ler esse texto, nem que seja pra mim mesma!
Vou lá tomar um copo de água e amanha volto pra dizer se briguei com a minha mãe...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nem nada

Sim, pra sempre.
Sinto não raiva, nem magooa, nem nada.
Mentira, pra sempre.
Pra sempre, mentira.
Por todas as vezes que vc me fez sentir uma simples menina burra da roça
Por todas as vezes que a solidão me pegou. Por todas as vezes que eu te salvei dela.
Por todas as vezes....
Sou sim Clara. Clara não só as pernas que um dia cruzaram nas suas. Não só a alma que um dia quis dançar o musical dos anos trinta no eu palco.
Sou sim Perrita. Putinha que outros homens amaram bem mais e melhor que você.
Sou sim Meireles. Doce como a Cecilia que voce não soube provar.
Clara Perrita de Meireles - pra sempre em sua homenagem.
Pra sempre, mentira.
Mentira, pra sempre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

louca varrida!


Desejos de bom dia, boa prova, bom final de semana. Desejos de pele, arrepio, ardem na minha boca. Vontade latente, do abraço apertado, do beijo de tchau encostado milimetricamente à 1/9 da minha. Conversa carnal? Não. Banal, de pau, buceta e sexo matinal. Troca de olhares profanos, de livros não tão mundanos, de murros socos pontapés cálidos, de pura amizade. Ahhhh a minha vontade.... essa bandida é uma louca varrida!