terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Amigo

Quando eu amo alguém como a mim mesmo, entendo que ele é outra pessoa e não fico tentando modelá-lo conforme a minha vontade. Percebo que ele soma na minha vida justamente porque é diferente, sendo assim, fazê-lo parecido comigo é perder tudo o que as diferenças acrescentariam na vida um do outro.
Se eu amo a um amigo como me amo, entendo que ele é uma pessoa e não um super-herói. Não exijo perfei...ção porque ele é tão humano quanto eu, acolhendo assim suas limitações e fraquezas da mesma forma que acolho seus dons e qualidades. Aprendo com seus erros e posso contar com ele para me levantar quando os meus erros também me fizerem cair. Por conhecer minhas misérias e do que elas são capazes de fazer na minha vida, não espero dele perfeição, por isso não deixo a decepção habitar em meu coração.
Se eu estabeleço uma amizade desta forma, entendo que meu amigo é uma pessoa e não uma propriedade particular, um território reservado unicamente para ocultar minhas inseguranças e saciar minhas carências. A felicidade dele é a minha felicidade, por essa razão eu o deixo livre para ser amado por outros. Por amá-lo e reconhecê-lo como alguém muito especial, quero que também os outros conheçam os tesouros do seu coração. Isso não me leva ao sentimento de ter sido colocado de lado ou ameaçado, pois já experimentei o quanto aquele amigo me ama. Sei que sou único em sua vida e por isso não preciso de exclusividade, pelo contrário, permito que o amor cresça, transborde e atinja a muitos outros.
A experiência do amor puro é a da renúncia, do desapego, da oblação, do sacrifício. É amar para dar a vida a todo instante e não somente em momentos extremos. É dar a vida no silêncio, na oração e nas ações que não esperam nada em troca. Somente quem ama nas pequenas renúncias de uma amizade é capaz de amar com entrega total de vida.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dor

Mas um dia na minha vida. A única atitude boa de hoje foi ir pegar prozac no posto de saúde. sinto que estou depressiva, com aquele pensamento obsessivo: eu sou uma bosta.
Cheguei em casa e tomei 1 somalium. Agora escuto Adele, someone like you. Meu amado acaba de me mandar um sms com os dizeres: resolvi o problema amor. Te amo.
Não aguentei o nó que deu na minha garganta pensar que ele saiu de Jacareí, sem CNH, cansado, pensando que eu estou no cursinho, fui e tomei mais um somalium, quando abri a porta do armario e vi que ele levou embora as caixas de chocolates argentinos.
O problema sou eu. Fiz ele se sentir culpado, enquanto na real, eu sou a única culpada dessa merda de vida que eu tenho. O problema não é e ter um namorado lindo que me escuta chorar que eu to gorda enquanto ele trabalha como um louco. O problema é eu comer como eu comi hoje. Mesmo chorando. Eu comia e chorava. Dor no estomago e nojo de mim. É isso que eu sinto agora. O problema é eu desistir de mim, escutar a mesma musica 10 vezes enquanto escrevo esse texto, e não acordar amanhã mais cedo para caminhar.  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

R.A.


Fiz 26 anos há 04 dias. Sou uma pessoa razoavelmente legal, inteligente, do bem. Tenho uma família boa, um namorado que eu amo e que eu sinto que me ama de volta. Tenho poucos e bons amigos. Tenho milhões de planos e um grande defeito: colocá-los em prática.
Sou atualmente obesa e não consigo me controlar perante a comida.
Tenho momentos de grande tristeza.
Problemas emocionais que ofuscam meu brilho, que eu sei possuir, me deixam assim.
Extremamente preguiçosa. É como me vejo hoje. Olho pra trás e vejo o quão guerreira era. Coisas que eu vivi que me deixam orgulhosa por um lado, me fazem ver que hoje eu não me esforço nem 10% do que sei que sou capaz. E isso faz eu me sentir um lixo. Um grande lixo não reciclável.
Minha historia com o peso é igual a tantas outras que eu leio nos blogs de emagrecimento há tantos anos: criança gordinha, adolescente sanfona e hoje jovem gorda e extremamente consciente que o único caminho é a reeducação alimentar.
Hoje matei aula na faculdade, matei estágio. Estou à horas lendo blogs de emagrecimento e tudo que leio eu já sei. Nenhuma novidade. Exercícios físicos, controle, atitudes saudáveis.
Há tempos que na terapia que faço uma vez por semana, cheguei a conclusão que eu tenho que por em prática as coisas. Só isso falta em mim. Sei toda a teoria. Sei como fazer chegar lá. Preciso resgatar a menina que entrou na faculdade comendo no um real e andando a pé km e mais kms pra estudar sozinha na biblioteca municipal.
Atitudes como: levantar da cama agora, tomar água, arrumar o quarto, comer uma fruta, andar uma hora, me alimentar de forma saudável, ir pra aula e me alimentar de forma saudável antes de dormir, não fumar e não brigar sem necessidade com a minha mãe – ufa! - são atitudes que só dependem de mim. E é nisso que esse blog vai me servir. Registrar como uma agenda, as coisas que eu preciso fazer ao invés de só planejar.
Beijos pra quem um dia ler esse texto, nem que seja pra mim mesma!
Vou lá tomar um copo de água e amanha volto pra dizer se briguei com a minha mãe...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nem nada

Sim, pra sempre.
Sinto não raiva, nem magooa, nem nada.
Mentira, pra sempre.
Pra sempre, mentira.
Por todas as vezes que vc me fez sentir uma simples menina burra da roça
Por todas as vezes que a solidão me pegou. Por todas as vezes que eu te salvei dela.
Por todas as vezes....
Sou sim Clara. Clara não só as pernas que um dia cruzaram nas suas. Não só a alma que um dia quis dançar o musical dos anos trinta no eu palco.
Sou sim Perrita. Putinha que outros homens amaram bem mais e melhor que você.
Sou sim Meireles. Doce como a Cecilia que voce não soube provar.
Clara Perrita de Meireles - pra sempre em sua homenagem.
Pra sempre, mentira.
Mentira, pra sempre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

louca varrida!


Desejos de bom dia, boa prova, bom final de semana. Desejos de pele, arrepio, ardem na minha boca. Vontade latente, do abraço apertado, do beijo de tchau encostado milimetricamente à 1/9 da minha. Conversa carnal? Não. Banal, de pau, buceta e sexo matinal. Troca de olhares profanos, de livros não tão mundanos, de murros socos pontapés cálidos, de pura amizade. Ahhhh a minha vontade.... essa bandida é uma louca varrida!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

trechos...

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida.
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não perguntes, segue-o!

Friedrich Nietzsche

terça-feira, 13 de setembro de 2011

do meu amore

Canto Dos Malditos Na Terra do Nunca
Sinta vontade de ficar



Fique a vontade meu bem

Sinta vontade de ficar

Não tenha pressa

Quem sabe aqui é seu lugar

Mas se tiver de ida

Vê se não vai assim sem mim

Deixa a dor pra depois

Vamos nos aventurar nesse nosso tempo

Após prantos sem chorar


Fique a vontade meu bem

Sinta vontade de ficar

Não tenha pressa

Quem sabe aqui é seu lugar

Me mostra tua coragem

Vai leve tudo de mim

Apague os passos da estrada

Tente nem se quer lembrar

Daquele nosso tempo

O qual era tão fácil amar


Diz que quando eu for embora

Sempre vai me procurar

Não que eu não queira

Sempre eu vou te amar

E em cada estação

Em que não puder estar

Levo essa saudade

Enquanto não posso te levar

E no fim desse sufoco

Espero contar com a sorte

Se ela existe,

Que só a morte possa nos separar

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

novo tempo q começou...


Não que sua presença na minha vida tenha mudado-a completamente. Não, não é isso. Tão pouco estou com aquela falsa e ingênua visão de que todos os meus problemas se resolveram com a chegada do seu abraço forte que não desgruda do meu, da sua língua gostosa feita na minha medida, da palavra certa no momento certo. E tão pouco me sinto mais magra quando deliciosamente sento no seu colo. rs
Não, não é isso.
Nunca fui dessas meninas que precisam estar apaixonadas e nem nunca tive essa vontade mórbida de sofrer por amor, a perda do sono e o ganho de peso, como se o mundo fosse uma grande sala de espera, e pra te entreter, tem aqueles romances ruins, daqueles comprados na banca de jornal pra guardar no bolso e que desde o primeiro parágrafo você sabe o final.  Antes de eu pedir cigarro pra vc, eu tinha meus canais de MPB e Rock na NET, os clipes do Chico Buarque no Youtube, os livros da Clarice Lispector, os blogs de romance em expresso e as tequilas pra perder a vergonha, ou seja, eu tinha uma vaga noção de completude dentro do meu coração vazio...
Mas a sensação que eu tenho é que sim, da forma mais brega possível, são sim, novos dias de um novo tempo que começou. E esse tempo se materializa na espera pelas 22h30 de sexta.
Eu amo você e não sei expressar isso de forma que não pareça cena de novela mexicana do SBT. Vc me trouxe paixão com cobertura de serenidade... que é capaz de deixar o meu dia-dia tão mais feliz!!!
Me dá medo, muito medo... A angústia do medo do medo, especialmente quando eu to abraçada igual carrapato em você e um pouco antes de dormir me vem aquele pensamento medonho: aproveita menina, aproveita que isso pode acabar...
E daí me bate aquela insegurança fdp, que dá vontade de chorar... E se eu não te molho é porque a pessoa aqui tem medo de te deixar com mais medo do meu medo, entende? Mas vc vem e me molha... molha o meu olho que não crê e canta a música que meu coração precisa dançar, e eu durmo em paz.
.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

do meu amore

I Want You

Hey, I love the night life

Yes I do it's so much fun

And before you know it

Ah here comes the sun

Sweetheart it's been real, but...

The thrill is gone



Silence is like a spirit

That picked my house to haunt

But I know it's there so I'm nonchalant

Yet deep inside I need what I want


(Chorus)

And I want you to run away with me and experience something new

Anything you've already done just won't do

I want you

And I want you to genuinely and sincerely want me too

You can believe in my baby

Don't be cruel

'Cause I want you


Would a trip to a remoted island ease your mind

Oh you look like a solitare every sunshine

I like her 'cause she's fun

And she's fearless

She's a friend of mine


And I'm not trying to say that you need some help

Or you can have anything you want with your bad self

I like her 'cause she's smart

But she's still sexy

She is somethin' else


(Chorus)

That's why I want you to run away with me and experience something new

Anything you've already done just won't do

I want you

And I want you to genuinely and sincerely want me too

You can believe in my baby, don't be cruel

'Cause I want you


Oooh...

Oh one world to find a lady

That happens to be three times the lady

God is good

But he took his time when he designed you baby

That's why I want you


And

Oh I'll even quit my job

Lovin' you, I'll make it my job

Thank you Lord, thank you lord

This is it

My god!

That's why I want you


Eu Quero Você


Ei, eu amo a vida noturna

Sim eu amo é muita diversão

E antes que você perceba

Ah, lá vem o sol

Querida tem sido real, mas ...

A excitação se foi :(


O silêncio é como um espírito

Que pegou a minha casa para assombrar

Mas eu sei que está lá então eu sou indiferente

No entanto, no fundo, eu preciso do que eu quero


(Refrão)

E eu quero que você fuja comigo e experimente algo novo

Qualquer coisa que você já tenha feito e apenas não faz mais.

Eu quero você

E eu quero você para verdadeiramente e sinceramente também me querer

Você pode acreditar em mim baby

Não seja cruel

Porque eu quero você


Será que uma viagem para uma ilha remota alivia sua mente

Ah, você parece como solitaria como cada brilho do sol

Eu gosto dela porque ela é divertida

E ela não tem medo de nada

Ela é minha amiga


E eu não estou tentando dizer que você precisa de alguma ajuda

Ou você pode ter o que quiser com o suas maneiras ruins

Eu gosto dela porque ela é inteligente

Mas ela ainda é sexy

Ela tem algo mais


(Refrão)

É por isso que eu quero que você fuja comigo e experimente algo novo

Qualquer coisa que você já tenha feito apenas não faz mais.

Eu quero você

E eu quero você para verdadeiramente e sinceramente também me querer

Você pode acreditar no meu amor, não seja cruel

Porque eu quero você


Oooh ...

Ah, um mundo para encontrar uma dama

Isso acontece para ser três vezes a mesma dama

Deus é bom

Mas ele tomou seu tempo, quando ele desenhou você baby

É por isso que eu quero você


E

Ah, eu vou até sair do meu emprego

Amar você, eu vou fazer isto meu trabalho

Obrigado Senhor, Obrigado Senhor

É isso ai

Meu deus!

É por isso que eu quero você

terça-feira, 19 de julho de 2011

uma carta de amor

Isso não é uma carta de lamentação. Tão pouco de auto-piedade.
Daí que sentei aqui pra redigir seu rosto pai. E pra tentar resgatar o amor.
O meu sentimento por você era daqueles puros. Puro por ser gratuito.
Quando foi que ele se tornou oneroso?
Porque eu não consigo simplesmente seguir os conselhos das pessoas e não deixar rolar uma lagrima sequer no meu rosto?
Eu ainda sou aquela menina de cabelo ruim que sentia segurança ao sentar no seu colo. Ou de dançar juntos na rua e mostrar pro mundo o quanto nós tínhamos uma relação peculiar: coincidências de sangue.
Passado.
Mesmo ausente, é presente sua falta na minha vida. Ouvi de um amigo, filho de um amigo seu, que vc não conhece: nossa que pesado isso que vc falou. “ele ERA o meu pai” Isso me tocou profundamente e me fez pensar por dias e dias...
O sentimento, basicamente é de abandono, sabe?
Porque penso que se vc quisesse ter uma relação normal comigo, vc teria tido uma postura diferente...
Eu escuto musicas que me lembram você... E eu choro. E posto no facebook na esperança de vc ver e lembrar de mim também.
Mas daí o lado racional me faz pensar... É você mesmo? Ou apenas uma fantasia que eu criei na minha cabeça de menina angustiada com o mundo do que eu desejava ter como pai que poderia me resgatar da tristeza de viver?
Eu to tão cansada desse abandono... De escrever cartas pra vc que eu provavelmente não enviarei...
Eu não quero saber se vc odeia minha mãe, se ela te fez ficar louco ou qualquer coisa relacionada a qualquer pessoa além de mim. Mas vc não consegue separá-la de mim né?
Dois anos sem pisar naquela casa. Fotos minha espalhadas pelas paredes e uma criança embalada numa cadeira de balanço. Se vc quer reconstruir sua vida, não deixe que a cadeira a embale...
Eu não vou surtar, sabe? Eu juro pro mundo que eu não vou...
Minha vida é boa... Tenho família, bons amigos, um amor pra acalentar meu coração, uma carreira promissora, sonhos colorem minha estrada.... Eu queria tanto que vc se arrependesse dos seus pecados... Pq eu me arrependo dos meus... Mas eu não consigo perdoar alguém que não perde perdão, ou o que é pior, quando pede, continua cometendo os mesmos erros.
As pessoas me dizem: não se envolva emocionalmente com essa historia... Mas como não me envolver com a minha própria história? Eu sou fraca pai... Sou emocionalmente fragilizada. Pouquíssimas coisas me deixam assim, tão vulnerável... E é tão difícil perceber que eu tento lutar contra a menina gorda ingrata que vc amaldiçoou casar com um traficante, mas que vc continua sendo, sem tentar lutar contra, vc continua sendo o filho da puta que tenta “se dar bem” a qualquer custo, mesmo que custe o amor da sua menina.
Eu to desmistificando um pai. E esse processo é doloroso. Bem que me avisaram pra eu deixar isso debaixo do tapete que cobre meu coração.
Mas é a tal da intensidade né? O que fazer com essa explosão de sentimentos aqui dentro? Eles transbordam e surgem como lagrimas e palavras escritas que provavelmente ninguém vai ler.
Sempre disse que não sei como lidaria com a morte de um amor. Nunca ninguém morreu dentro de mim. Daí que tive um daqueles insights de que na verdade, a dor da morte em vida deve ser exatamente essa que sinto... Vc ta matando aos poucos, dolorosamente, vc ta matando meu pai dentro de mim.


ao som de:
http://www.youtube.com/watch?v=xMgtxRqGFWM&feature=related 
e
http://www.youtube.com/watch?v=fIP13qoJUHQ&feature=BFa&list=PLCE69E0FA020E9994&index=2

sexta-feira, 3 de junho de 2011

barbra streisand

Muda cena.
Pq vc não responde meus e-mails?  Que cara é essa? Dormiu? E então... Então nada. Te desejo boa aula e como curandeira  passo a mão nas suas costas tentando me desculpar por ser eu mesma, por te encher o saco e entro.
Se não sei a resposta, faço todas as perguntas. Amar me livra do peso de viver? É o remédio? A descoberta de que o samba não morreu? Nosso amigo cantando Barbara Streser uhuhu, a competência territorial se o crime é militar... Será que ele sabe que aquilo branco era hipoglós pq a única coisa sensível que tenho é a pirikita que eu tinha depilado na noite anterior? Mas o que é o amor e a tal da conexão e continência que esse velhote ta falando? E nosso amigo no uhuhuuhu me conforta dizendo: e daí que vc ta perguntando. Certa ta vc de perguntar, pior sou eu q tenho vergonha.
Vergonha. Vergonha. Vergonha. A minha vergonha é camarada da minha cara de pau. Afinal, se não sei a resposta, eu pergunto. Uma hora ou outra eu pergunto. Mesmo morrendo de vergonha. Barbara Streisser uhuhuu
Muda cena, entrego livro. Por favor, um café expresso. Pergunto pra moça que me entrega o café fervilhando, amar apenas por cansaço de estar só é trair a si mesmo, né? Ela responde que não entendeu o que perguntei e eu concordo com ela. É moça, eu também não entendo. Vou na mesinha e coloco uma colher de açúcar, hesito e colo mais uma pra não ter perigo de amargar a alma. É quando alguém, feito de som, cheiro, forma e movimento materializa os sonhos presos na garganta? Quem é capaz de resistir? Quem não se deixa vendar os olhos pela própria vontade? Amor é quando não consigo definir o sentimento pela pessoa? Provocação, utopia, desordem, incomum. Pessoas que não sei o nome me perguntam sobre trabalho, prova e sei lá outra merda qualquer.  Pq tem gente que acha que eu sei de alguma coisa que se passa nessa faculdade? Só sei da leveza e do peso, do caos e da poesia bebendo no mesmo copo, em harmonia.
Muda cena, bato cartão. Faço um comentário engraçadinho sobre nosso amigo, Barbara Stresseir uhuhu pra te lembrar que apesar de eu ser um tipo estranho e te mandar musiquinha eu sou sua amiga, brother, camarada, parceira, da banca e então... E então nada. Entro no aluno online. 16 faltas. Fodeu. Fodeu Fodeu. E daí as começa tudo de novo. Sou a única pessoa que me permito cobrar. De agora em diante vc vai se prender pra ficar livre e buscar todas as outras coisas? Vai voltar com o regime? Com a música, a doutrina, a yoga, o tricô que vc quer dar pra filho do seu amigo e a meta doação de sangue uma vez por ano? Decido então: tenho que ter disciplina mental, eu tenho que gostar mais das pessoas e menos da minha imaginação. Nada pra fazer. Tédio. Fumo um em frente ao paço municipal.
Muda cena, estralo os dedos. Passo a gostar mais da minha imaginação denovo. é que eu só queria dormir mais horas... Mas a vontade que eu tenho de pelo menos tentar te dar carinho nas costas com a perna nua enlaçada, depois de tomar uma garrafa de vinho pra a vergonha desse lixo de corpo que tenho não me inibir, me sopra as fagulhas. Antes não conseguia dormir, agora já não quero sonhar. Durmo em paz com a insônia depois imaginar sua cara dura lendo, com seus olhos vermelhos, mais essa merda ao passo que escrevo de sentimentalismos por impulso. Fazer o quê? São os impulsos que determinam nosso futuro. Não há erro antes de errar. Não há fracasso se não há escolha. Não há resposta sem pergunta. A gente só executa título que foi aceito pelo sacado. Todo romance unilateral só vale a pena por sua fascinação, que reside nas coincidências, nos impulsos, no senão, no se, na esperança de reação da pessoa errada. Atribuir uma resposta, um sentido, uma razão, medir a intensidade, definir o amor, prever o futuro é pretensão de quem acha que sabe o que é amar. Clico em enviar e-mail.
Muda cena.



****
(inspirado por gabito)

sábado, 21 de maio de 2011

bucólico...

pensa... na bruma gélida, na pétala cálida, no meu amor em amora em flor. o sabor do morango rubro, o café fresco pra começar tudo, o calor do meu abraço. pensa... na corrida pelo pasto, na corda laçando o cavalo, na brisa em meu cabelo. pensa...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estranha

Todos os dias pela manhã eu penso: vou caminhar
Todos os dias no almoço com o Gab eu brinco: o G. vai me querer
Todos os dias a tarde eu digo pra moça do bombom: não quero, obrigada.
E todos os dias a noite eu sonho: com meu corpo magro, uma praia deserta e vc do meu lado.
***
As vezes não sei o que fazer... Me dá uma preguiça de viver e a única coisa que desejo é dormir, dormir e dormir. Pra acordar e voltar a tentar.
Tenho uma sensação que, realmente, eu não sou uma pessoa normal. Não aquela bobeira de: ah, eu sou louca. É uma coisa esquisita, sem fundamento.
Minha analista, que não faz muitos comentários, disse depois de quase 1 ano de análise: vc tem uma auto-estima demasiadamente baixa.
O que me intriga é, o pq?

Tive a sorte de ter acesso a oportunidades que a maioria das pessoas no mundo não teve.
Tenho a sorte de ter uma mãe e família que me ama e que, cada um ao seu modo, me apóiam.
Tenho saúde pra correr atrás dos meus sonhos
E fé pra saber que um dia irei alcançá-los.

Hoje vejo a existência dessas grandezas que cercam minha vida.
Será que o fato de eu ter vivenciado por tudo isso ao contrário, o fato de eu não ter tido oportunidades, de não ter família que me apoiasse, de não ter tido saúde e nem fé, me fez, pra sempre, uma pessoa assim, tipo, estranha?




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

artigo interessante

Por Walter Hupsel . 20.01.11 - 16h12

Por um Estado ateu

Ainda vivemos no século 19. Esta é a conclusão a que posso chegar quando, no primeiro respiro do novo governo, aparecem declarações de setores da Igreja Católica cobrando que a presidenta “explique melhor” o que pensa de assuntos caros à ordem eclesiástica, e o arcebispo primaz do Brasil dá um prazo de cem dias para Dilma “mostrar a que veio”. A título de provocação, poderíamos perguntar “se não, o que?”
Antes que alguém objete a minha colocação, dizendo que eles têm direto de falar em público, respondo que sim, eles têm direito. Entretanto, em se tratando de autoridades eclesiásticas, suas opiniões devem ser vistas como da instituição Igreja Católica, e não do fulano A ou B. Ou seja, nem bem começou o novo governo e a Igreja Católica já faz ameaças à presidenta, com a grande mídia dando repercussão ao caso.
A luta política se desenvolve em vários campos, em especial no simbólico e no semântico. Sempre se fala em Estado laico, que é aquele que não tem uma doutrina religiosa como norte. Este deveria estar longe da esfera religiosa, e vice-versa, respeitando todas as manifestações de fé e garantindo o tratamento isonômico.
Entretanto, como demonstram as matérias linkadas acima, o argumento vai sempre na direção que o Estado laico tem que absorver demandas de uma população, e que esta tem suas predileções e seus valores religiosos.
O risco, sempre alertado, é que uma democracia representativa se degenere na tirania da maioria. Os temas que incomodam os religiosos são postos embaixo do tapete, já que a maioria impõe sua agenda e seus valores, e os impõe a todos, independente de credo.
Se a maioria acha absurdo certos temas ou liberdades, teria ela o direito de vetá-los ao resto da população? Não, não tem este direito, por mais que representantes da Igreja Católica (e de outras) insistam. Respeitar o diferente não é apenas tolerá-lo e admitir sua existência. Implica , por exemplo, reconhecer o direito à existência pública, à diversidade de opiniões, e a aceitar que, em não compartilhando da sua visão de mundo, tem direito a uma vida que não a sua, com outros valores e atitudes.
Membros da Igreja Católica cobrarem da presidenta suas posições pessoais soa como chacota, mais ainda quando colocam isso como pré-condição para um diálogo. Também poderíamos perguntar: “Que dialogo e com quem”?
Para que haja diálogo, é necessária a predisposição das partes a ouvir a outra como igual e legítima e que exista a possibilidade de mudança de opinião.  Que diálogo quer alguém que, presunçosamente, exige da presidenta que ela diga quais são os seus valores pessoais, as suas crenças? Há um reconhecimento do interlocutor? Ou mais importante, há a possibilidade de mudança de idéias e (pré)conceitos?
Só se for da presidenta, é isso que está implícito no tom do “ministro” da Igreja Católica.  Do outro lado, a intenção parece ser a de saber “quem é a presidenta”, para que ela seja ou não coroada pelas autoridades eclesiásticas.
Por isso, digo que o Estado não pode ser laico, tem de ser ateu. Mais que uma mudança de palavra, é uma mudança de postura, uma luta no campo simbólico e no das idéias. O Estado ateu é aquele que deveria ter sido o laico, mas que nunca foi. Que respeita os credos e convicções pessoais, que os trata isonomicamente, mas que evita ao máximo que valores da esfera pessoal adentrem na esfera pública.
Isso implica retirar toda e qualquer menção a todo e qualquer deus dos documentos públicos. Implica, por exemplo, que não haja crucifixos nas repartições, nos tribunais, que a(s) igreja(s) legislem, regulem, punam apenas seus fiéis.
Do contrário, teremos uma espécie de teocracia social (não estatal), que faz com que o Brasil tenha uma das legislações mais atrasadas sobre aborto e casamento homossexual, entre outros temas que desagradam a maioria religiosa, mas que dizem respeito unicamente ao indivíduo. Nessa seara estamos atrás, por exemplo, do ultra-religioso Chile de Pinochet.
Só assim, com um Estado ateu, é que teríamos um Estado realmente laico, que aceita todas as cosmovisões, e não busca, por qualquer meio, decretar a sua. Muito menos cobra ou exige da autoridade civil seu posicionamento pessoal sobre temas “desagradáveis”, que alguns preferem ver embaixo do tapete, junto com aquela sujeira que também foi varrida para lá.

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http://colunistas.yahoo.net/posts/8005.html


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Ado ado ado, cada um no seu quadrado, sempre.
A discussão entre ateu e laico. Bem, pegando o significado das palavras, tenho que discordar com o artigo nesta parte, pois ora, ateu é a descrença da figura divina - estando ai o problema- enquanto que laico é a liberdade, é a não influencia da figura divina. Da descrença para a proibição, é um passo pequeno...
É melhor sempre optar pela liberdade....

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O primeiro

Este é o primeiro post, de mais um blog criado por mim. O último, foi deletado, pois pessoas que eu não gostaria que tivessem lendo, estavam causando tumulto neste espaço tão meu. Digo meu, pois é aqui que eu exponho meus pensamentos, organizo os blogs e sites que frequento e guardo imagens e textos que adoro.
Sem levar nada tão a sério, seja bem vido!

=)

domingo, 16 de janeiro de 2011